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Reflexões

A ausência da representação

Os movimentos que acompanha as bandeiras do Occupy Wall Street, como já falado neste blog, ocupou diversas praças ao longo do mundo baseados naqulo que estas milhares de pessoas possuem em comum: descrença na representação de nossas instituições democráticas. Um dos pontos centrais detas temática esta no fato de a população mundial ter percebido e agido contra os interesses em questões financeiras que envolvem as deliberações daquelas instituições que deveriam trabalhar para o bem estar dos cidadãos.

A crítica é fundamentada na falta da representatividade, sugerindo-se a consolidação de uma nova ordem social. Diferentemente de outros movimentos ou partidos, estes da bandeira de #OWS não possuem um projeto, o que dificulta a consolidação desta mudança tão defendida. Não é absurdo pensamor numa mudança destas estruturas, visto que o modelo que vivemos hoje foi, no passado, uma mudança estrutural de um modelo de produção. O neo-liberalismo fez grandes promessas, mas elas não se consolidaram. Muito pelo contrário, aumentaram a concentração de capital naqueles que teriam mais mérito. Desta forma, a meritocracia apresenta-se como argumento justificador das desigualdades sociais provocadas pela concentração de capital nas mãos de ao menos 1% da população mundial e a geração de mais valia (logo, do capital – o que já ocorria muito antes do neoliberalismo).

A ausência de um novo projeto demarca a maturidade deste tipo de movimento, possui-se em comum os descrédito na representação e no capitalismo, porém, as diferenças entre as pessoas são suprimidas a favor da organização horizontal da sociedade. As acampadas, num primeiro momento, aparentam servir como modelo reduzido da realidade. Esta concepção cara a antropologia pode nos ajudar a vislumbrar as formas de organização que poderiam ser propostas. As formas de se deliberar algo, de se criar algo, de se pensar em algo são mecanismos destas acampadas de construção de uma coletividade marcada pela horizontalidade, cabe pensar isso em esacala mundial e sem a presença do capital, e também do crédito.

Existem pontos marcantes do capitalismo que contribuem para a criação das desigualdade, a meu ver, os principais seriam a contabilização do trabalho por hora trabalhada, a mais valia, o crédito e a transferência da mão de obra humana para a máquina na forma de capital! Talvez o que se objetive não seja uma superação do capitalismo, mas uma reformulação do mesmo as espectativas da contemporaneidade.

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